segunda-feira, agosto 03, 2009

"E um raio de sol
Nos teus cabelos
Como um brilhante que partindo a luz
Explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar
Luiza"
( Tom Jobim)
Por causa da vontade de vê-la...


sexta-feira, abril 17, 2009


Pelas ruas
Flores e amigos
Me encontram vestindo
Meu melhor sorriso


Temporada das flores — Leoni

terça-feira, fevereiro 03, 2009



"Quando eu me sinto
Um pouco rejeitada
Me dá um nó na garganta
Choro até secar a alma
De toda mágoa
Depois eu passo prá outra
Como Mutante"

. .(RL)



quinta-feira, janeiro 15, 2009

Reverso

Mudei de idéia e hoje quero as coisas mudadas.
Quero tudo vermelho, ou pode ser amarelo. Quero pasta de dentes na lixeira e chocolate na gaveta, ou fora dela.
Quero banho de mar, viver o pós-primavera, com laço de fita.
Eu quero é gritar, virar cambalhota com as idéias tidas, trocar o CD e tocar a campainha do vizinho da frente.
Eu quero que o hoje seja mesmo esse pedacinho de tempo, projetado pra valer mais que o relógio inteiro.

sábado, novembro 29, 2008

Pura questão de estética

Os homens bonitos se apaixonam pelas mulheres bonitas, os homens feitos também, e é ai que começa a maioria dos problemas.
Ubaldo era feio de pai e mãe, como ele mesmo dizia, e logo depois de dizer, sorria seu sorriso incompleto.
Ubaldo era feio desde o princípio. Nasceu prematuramente, e como todo espetáculo que estréia sem estar pronto, não fez sucesso.
Quando criança, era sempre o último escolhido pra tudo: time de queimada, trabalho em grupo, par de quadrilha... Entrar segurando alianças em casamento? Nem pensar!
Logo chegou a adolescências, e Ubaldo que já era feio ficou ainda pior por causa das malditas espinhas.
Um dia passando por uma das ruas que levavam ao centro da cidade, viu Marina, e Marina era bonita. Era estranha a sensação de Ubaldo, ele queria chegar perto, mas faltava-lhe coragem para falar com ela, — Ela é tão bonita, suspirava.
O rapaz ensaiou, gaguejou e nada, Marina passou por ele sem que ele conseguisse dizer palavra.
Ubaldo olhou pra trás assustado, como se ela não tivesse ouvido o que ele por um instante imaginara ter falado, mas logo percebeu que não fora capaz nem disso.
No outro dia, Ubaldo resolve ficar de plantão naquela rua, até que visse a moça novamente “enfeitar o ar com sua presença”. Ele já tinha tudo em mente: decorou três poemas, seus, e uma música do Wando, para impressionar.
Ao fim de quatro horas e meia, lá vem, no final da rua, Marina, linda como no dia anterior. Ubaldo se prepara, disfarçadamente, cantarolando as sete notas, em ordem crescente e decrescente, faz polichinelo umas dez vezes e dá três pulinhos.
Chegou a hora, ele gagueja, gagueja e diz: — Qu-que horas são? E ela, dando uma meia-risadinha: — Desculpe-me, eu não tenho relógio.

domingo, novembro 09, 2008

"Por conta de umas questões paralelas
Quebraram meu bandolim
Não querem mais ouvir as minhas mazelas
Nem minha voz chinfrim"



Até o fim – Chico Buarque



quinta-feira, outubro 23, 2008

Desnecessariedades

Para Sarah Vervloet


— Eles são inteligentes demais, né? Não tem como competir com seres como esses...
— Pois é, né? Tenho que largar essa vida de MSN. E acho que isso vai nos acontecer...
Já imagino a gente caminhando para a desMSNice.
Tornaremo-nos ávidas leitoras de escritores franceses, completamente fluentes no idioma do país em que faremos nosso doutorado (?).
Você assumirá de vez o fato de usar óculos. Imagine, foi agraciada com a marca da inteligência – deficiência visual, em sentido amplo – e não aproveita!
Desenvolveremos também um súbito gosto pelo jazz, como acontece com qualquer intelectual que se preze, afinal, café a gente já toma.