segunda-feira, novembro 26, 2007

O não ser de todas as coisas

Quando ausentar-se é estar perto
e o não é sim
E ausência é presença, ou finge ser
Até mesmo o olhar,
Expressão infinita em tempo cronometrável
pode faltar, supondo estar onde nada mais permanece
E toda a existência, toda a natureza compactua

Paisagens inteiras pretoebranqueando
As culpas se justificam
E o não,
Palavra que se valeu de sentido ao invés do tamanho
Ri sozinha o riso sem jeito de quem não sabe rir

Se é preciso não estar para mais estar
Tiro férias de mim para o não te ver de cada dia
E ser [não sendo] o que de fato se é

4 comentários:

Saulo Ribeiro disse...

tirar férias de mim... tenho curtido isso. adorei o poema. eu escrevi no meio da despedida do bandit uma reflexão sobre não estar... é um tema muito legal.

Hanne Mendes disse...

É, acho q só Férias pra dar jeito!
rs
Estava com saudade de ver vc por aqui, sinta-se em casa na oca!
Beijo.

GAZUL disse...

Bom... eu como quase nunca tô em casa, não sinto tanto, e as vezes em que estou, estou tão só ou no porão, já que sou dEMO!

BOM TER VOCÊS COMO DIALEGANTES!

l. p. disse...

um pouco de não
em todo poema que esgrima
quanto maior
mais cor e menos rima