terça-feira, julho 01, 2008

O não ser de todas as coisas

Quando ausentar-se é estar perto
e o não é sim
E ausência é presença, ou finge ser
Até mesmo o olhar,
Expressão infinita em tempo cronometrável
pode faltar, supondo estar onde nada mais permanece
E toda a existência, toda a natureza compactua

Paisagens inteiras pretoebranqueando
As culpas se justificam
E o não,
Palavra que se valeu de sentido ao invés do tamanho
Ri sozinha o riso sem jeito de quem não sabe rir

Se é preciso não estar para mais estar
Tiro férias de mim para o não te ver de cada dia
E ser [não sendo] o que de fato se é



Novembro de 2007 - (repostagem)



Trilha sonora : 1x1

7 comentários:

Laila disse...

"Se é preciso não estar para mais estar
Tiro férias de mim para o não te ver de cada dia
E ser [não sendo] o que de fato se é"

Que lindo, Hanne!!
BjO*

Zzr disse...

Se você tivesse me conhecido antes de ter feito esse poema, diria que você teria se inspirado em mim. Não sabe porquê né?

Não falo. Só digo que gostei muito disso, bem.


"Tiro férias de mim para o não te ver de cada dia"...

Mésmero disse...

As férias não saem da sua cabeça, hein!

Anônimo disse...

Altamente reflexiva, hem.
Bom retomar, eu não veria provavelmente.

Ricardo Jung disse...

cara...

...

...

!

!!!

...



f..f- f f...

...

Ricardo Jung disse...

sem hipocrisia mas foi realmente assim que eu reagi a esse poema...

vc tem uma qualidade que eu busco como um louco em poemas por aí: a de ser bebível, palatável, degustável... como esse poema foi... não há palavras para descrever esse poema... é ausente de hipocrisia e cheio de alma

há 7 meses não linko nenhum blog ao meu, mas tenho que te linkar, absolutamente

Unknown disse...

Caracaa, amiga, pode xingar aqui?
Desculpa?Não achei forma melhor para me expressar.
hauehuaheuahuehauheuaheuhu
Tô babando aqui por vc, baby.
Que delícia de poema, tá incrível!

Beijoss ;*